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Ministério Público de Goiás pede a prisão do médium João de Deus

Pedido foi feito no dia em que o líder espiritual, acusado de centenas de abusos sexuais, voltou a Abadiânia (GO)

FILIPE CARDOSO/ESPECIAL PARA O METRÓPOLES

O Ministério Público de Goiás (MPGO) pediu à Justiça, na tarde desta quarta-feira (12/12), a prisão preventiva do médium João de Deus, acusado de abusar sexualmente de centenas de mulheres, segundo relatos de vítimas que têm se multiplicado nos últimos dias.

A data do pedido, protocolado no Fórum de Abadiânia (GO), coincide com a volta do líder espiritual à Casa Dom Inácio de Loyola, no município goiano situado no Entorno do DF. Desde a divulgação do escândalo, na madrugada de sábado (8), no programa da TV Globo Conversa com Bial o paradeiro dele era desconhecido.

Fórum de Abadiânia (GO), onde foi protocolado o pedido de prisão contra João de Deus
O médium goiano João Teixeira de Faria, o João de Deus, chegou ao centro pela manhã. Ele atende pacientes no local há 44 anos, às quartas, quintas e sextas-feiras.

Ao descer do Ford Ka branco, por volta das 9h30 desta quarta-feira (12), o líder espiritual que é conhecido mundialmente entrou na sala de orações e falou rapidamente com os seguidores. João de Deus ficou sete minutos na Casa e disse que “não tinha condições de trabalhar”.

“Meus queridos irmãos e minhas queridas irmãs, agradeço a Deus por estar aqui, mas quero cumprir a lei brasileira, pois estou na mão da lei brasileira. O João de Deus ainda está vivo. Que a paz de Deus esteja com todos”, declarou o médium. O encontro foi filmado pelos próprios seguidores.

Assista ao vídeo:



Na saída disse: “Sou inocente”. A primeira aparição de João de Deus foi marcada por um grande tumulto. Seguidores chegaram a agredir verbal e fisicamente os jornalistas. “Vocês terão câncer e vão voltar aqui para se curar“, disparou uma mulher.

Michael Melo/Metrópoles
Michael Melo/Metrópoles
Michael Melo/Metrópoles

Filipi Cardoso/Especial para o Metrópoles
Michael Melo/Metrópoles
Michael Melo/Metrópoles
Michael Melo/Metrópoles
João de Deus apareceu pela primeira vez na Casa Dom Inácio de Loyola após escândalo sexual Michael Melo/Metrópoles
Após pico de pressão, segundo a assessora, João de Deus foi embora do localFilipe Cardoso/Especial para o Metrópoles
Ele disse que é inocente Filipi Cardoso/Especial para o Metrópoles
Michael Melo/Metrópoles
Filipe Cardoso/Especial para o Metrópoles
Filipe Cardoso/Especial para o Metrópoles
Filipe Cardoso/Especial para o Metrópoles
Filipe Cardoso/Especial para o Metrópoles

João de Deus foi embora da Casa Dom Inácio e tomou rumo desconhecido. Segundo a assessora, Edna Gomes, ele teve um pico de pressão. Uma voluntária, que pediu para não ser identificada, disse ao Metrópoles que o médium foi para São Paulo após deixar o município goiano.

De acordo com voluntários que estavam dentro da sala de orações, o médium refutou as denúncias de abuso e afirmou que a Justiça irá decidir sobre todas as acusações.

Ainda de acordo com testemunhas, João de Deus explicou que não se sentia confortável para fazer cirurgias espirituais e outros atendimentos, agradeceu a oportunidade de estar no local e saiu amparado. Muitos seguidores começaram a chorar.

Voluntário há mais de 20 anos, Cláudio José Antônio Prujá explicou que João de Deus não conseguia incorporar na manhã desta quarta (12). “O médium precisa estar relaxado, tranquilo. Ele não tinha condições. Mas ele veio e mostrou a cara. Disse para todo mundo que a Justiça vai decidir”, contou ao Metrópoles.

Até o momento, 450 denúncias foram protocoladas em Ministérios Públicos de 10 estados e do Distrito Federal. Coordenador do Centro de Apoio Operacional Criminal do Ministério Público de Goiás, Luciano Miranda Meireles avalia que as denúncias de abuso sexual envolvendo o líder espiritual João Teixeira de Faria tem potencial para alcançar uma dimensão maior do que o caso de Roger Abdelmassih.

O ex-médico de reprodução assistida foi condenado a 181 anos de prisão por estupro de pacientes. “Pela movimentação que estamos assistindo, o número de mulheres que se apresentam como vítimas deverá ser maior. Há relatos de abusos ocorridos há 20 anos.”


Fonte - Metrópoles

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